O LEANDRO
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Formspring
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domingo, 23 de maio de 2010
Vende-se felicidade
Felicidade e dinheiro talvez sejam as palavras que mais utilizamos na nossa vida cotidiana. Quase sempre associamos uma à outra, e por muitas vezes, acreditamos que são diretamente relacionadas. Será que o dinheiro traz felicidade? Tentarei na medida do possível responder esta pergunta de caráter universal, todo mundo tem uma opinião particular sobre este assunto, e neste texto será visto apenas mais uma. De imediato já ressalto que não tenho interesse em fazer apologia ou uma crítica ao capitalismo, não quero entrar neste mérito, apesar de que em alguns momentos terei que mencioná-lo.
Primeiro, quero destacar a subjetividade desta questão, todos nós sabemos que felicidade é uma palavra cujo conceito nos remete à individualidade de cada um, o que pode ser momentos de alegria pra mim (tomar chá quente às 17:00 e fazer uma caminhada ao bosque às 17:30 mood ironia on) pode não ser para os outros.
No entanto, parte da Economia, por exemplo, entende-a como a utilidade que adquirimos ao consumir determinados bens de consumo, esta felicidade é a mais operante neste sistema que estamos inserido, para ser claro, utilidade é o prazer (felicidade) que o indivíduo afere ao comprar certo bem. Se hoje compra uma televisão que tem determinadas funções, ela possui utilidade, porém, à medida que aparecer outras, ela irá perdendo-a e o consumidor entra num ciclo vicioso, tendo que comprar outra para adquirir aquela inicial. Para maiores detalhes, o Utilitarismo de Jeremy Bhentam explica bem este ponto.
Também existem várias outras formas, não abordarei todas por não ser possível, mas a mais importante é a felicidade real, aquela que por um período de tempo razoável, a pessoa independentemente de fatores financeiros consegue extrair de certo momento, prazer verdadeiro, sincero, imediato e que perdura por um bom tempo. A maioria das pessoas maximizam o dinheiro acreditando que o fim dele é esta, porém, arrisco a dizer que não é por aí.
Reconheço que o carente de recursos financeiros pode ser feliz ao seu modo, contudo estará prejudicado nesta realidade, pois não terá certos funcionamentos que influenciam diretamente no bem estar subjetivo, que pode apenas ser auferido com base na renda, como; um sistema de saúde adequado, educação de qualidade, lazer e outros meios que ajudam adquirir a felicidade. É de se entender que uma pessoa sem acesso a um sistema de saúde, provavelmente poderá não ser feliz, pois caso fique doente não terá onde recorrer.
Em contraposição, o sujeito que tem acesso a esses bens, provavelmente poderá adquirir felicidade útil por meio do dinheiro, tendo os funcionamentos, acesso à saúde, à educação, ao lazer e meios de exteriorizar a opinião que também influencia, ou seja, consequentemente terá mais chances de ser feliz do que o já citado carente financeiro.
Contudo, a minha ousadia neste texto é tentar demonstrar que existe um limite para a felicidade útil dada pelo dinheiro. Alguns problemas no meu entender acontecem quando as pessoas apenas enxergam-na apenas no sucesso financeiro e na quantidade de capital. Enfim, quantos vivem uma rotina subumana para acumular mais, ter mais renda, acreditando que isso trará momentos de alegria, mas não parece ser isso o que acontece
Acredito que a felicidade real está sendo deturpada, e cada vez mais esquecida. O dinheiro, não nego, pode ajudar, porém, acredito que existem outros meios igualmente ou até mais eficazes que podem corroborar para a sua efetividade. Às vezes, esquecemos de viver os momentos mais simples da vida, que possui um valor inestimável para a verdadeira alegria e vivemos bitolados querendo acumular mais e mais, esquecendo do hoje, do momento, que por mais simples que seja pode valer mais do que qualquer bem material adquirido. Cito como exemplo, um almoço feliz em família, uma reunião de bons amigos, uma conversa sincera e legal com alguém que gostamos, todos esses citados, não tem preço, como diria uma rede de cartões..,
Portanto, tenho a plena consciência de que o dinheiro é uma faca de dois gumes, que ao mesmo tempo pode nos trazer felicidade na utilidade das coisas e nos funcionamentos (importantes) de determinados bens, quando este é priorizado em detrimento de outras importantes faces da vida, provavelmente ocorrerá o efeito contrário. Como já presenciei, algumas vezes, e talvez, seja a frase que esteja na consciência coletiva da terceira idade abastada, aquele velho lamento; “ eu poderia ter aproveitado mais a vida, ter sido mais feliz, ao invés de ficar acumulando fortuna que em pouco tempo não me trará mais nada, não comprará o tempo perdido, os momentos felizes, e principalmente minha alegria de viver..” Note que provavelmente você já deve ter ouvido algo parecido, mas será que aprendeu com a lição?
sábado, 24 de abril de 2010
Em tempo:
Caros amigos, peço desculpas por não atualizar o blog. Recentemente estou resolvendo alguns problemas de ordem pessoal, como; provas, concurso, entre outras coisas, consequentemente culminando na falta de tempo. Porém, à medida que conseguir resolvê-los, voltarei a postar novos textos; interessantes, polêmicos e que principalmente nos ajudem a refletir.. Em breve eu voltarei, aguardem..
Abraços..
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Fides*
Há muitos anos que não professo nenhuma religião, faz tempo que não acerto às contas com o homem lá de cima. Isso, porque, sou descrente, não acredito na ideia de que exista um Deus pessoal que fica nos coordenando ou atendendo às nossas vontades particulares. Até admiro as pessoas que assim acreditam. Para ser sincero, sou muito tranquilo a esse sincretismo religioso do povo brasileiro, até pouco tempo, no entanto, achava-o infantil e deveras contraditório.
Hoje o acho engraçado, na segunda, o crédulo joga flores para Iemanjá, na quarta vai ao centro espírita tomar um passe para tirar as urucubacas, e finalmente no domingo, vai à missa receber o Corpo de Cristo materializado na hóstia. Atribuo a este pensamento a uma falta de diretriz ou de um conhecimento mais sólido de todos esses institutos (religiões) mencionados, resumindo, eles atiram para todos os lados, quem sabe uma hora dá certo.
Bom, o propósito deste texto não é fazer uma crítica às religiões ou a essas peculiaridades de boa parcela do povo. O meu objetivo aqui é abrir um parêntese a respeito de uma força que todas elas utilizam como instrumento; a fé. Como disse não acredito em nenhuma delas, mas, não sou uma cadeira, algo sem vida que vive apenas limitado às causalidades físicas conhecidas, acredito sim nesta força que as pessoas chamam de fé, prefiro denominá-la de outra maneira, a chamada força do pensamento.
Não conheço, ainda, nenhuma fórmula matemática ou da física que tenha quebrado em partes esta faculdade inerente que temos dentro de nós. Acredito muito no poder do pensamento, seja ele positivo ou negativo, apesar de achar que aquele é sempre mais forte e certeiro. Eu sou uma testemunha disso, incrivelmente sempre que mentalizo coisas positivas, não é que acontece, temos um poder de mudar as coisas, algo que já faz parte deste conjunto biológico, mas que ainda não compreendemos corretamente. A mente humana é um grande mistério, mas é certo que ela é capaz de “fazer coisas que até Deus duvida” (propaganda de algum filme da sessão da tarde).
Faz alguns meses que li um livro por acaso, talvez a força do universo tenha conspirado ao meu favor para lê-lo. É um Best-seller muito famoso, chamado de: O segredo. Um parente havia o comprado e por obra do destino deixou em minha casa, eu fiz uma leitura dinâmica (alá professor Hilário)** e o terminei no máximo em cinquenta minutos. O texto é bem simples, objetivo, fácil, porém, confesso que foi uns dos piores livros que já li em toda a minha vida, quase joguei na rua para o caminhão passar. Ele é falacioso, cheio de premissas verdadeiras com conclusões absurdas, uma grande porcaria. Não obstante, a ideia central trata-se exatamente do tema aqui abordado; como a força do pensamento pode nos trazer coisas positivas, dava para a autora escrever isso em poucas linhas, mas preferiu fazer um livro mágico, cheio de depoimentos pessoais, alguns até engraçados, diria. Em um exemplo, ela afirmou que se tivermos muito endividados, é só pensar positivo na quantia que em pouco tempo chegará num envelope em sua casa com o dinheiro necessário para adimplir as obrigações, bom, até hoje ainda não chegou pra mim, vai saber. Em outro, ela afirma que toda vez que você sair de casa e mentalizar a vaga do estacionamento dos seus sonhos, o universo conspirará ao seu favor e por quase um milagre ela estará lá, bonitinha, também não tive esta sorte. É uma mistura daquela ética capitalista americana com um pouco do misticismo da fé. Não o recomendo.
Porquanto, apesar de ter fides, não vinculo minha vida e expectativas apenas nesta. É provável que exista sim, como havia dito, todavia, não acho que ela seja suficiente para a realização de qualquer coisa caso a pessoa fique inerte. Outros fatores devem coadunar para alcançar os objetivos, como; determinação, perseverança, vontade, entre tantos mais. Somando com a fé, aí sim, teremos uma combinação muito forte, capaz de gerar o verbo e a ação. Como disse recentemente o maior cantor popular brasileiro, Roberto Carlos, a fé não remove montanhas, mas com certeza nos ajudará a escalá-la.
* Fé, no latim..
terça-feira, 23 de março de 2010
Dicas de navegação
Amigos, quero dar-lhes algumas dicas de navegação, pois muitos passam por aqui, e não conhecem o formato de um blog. Primeiro, caso você queira opinar ou me seguir, não é necessário criar outro para fazer isso, é só olhar para o canto esquerdo da tela, e clicar no botão seguir, sendo assim, é só fazer o login com a conta do Orkut, que estará me seguindo e poderá comentar à vontade.
Os textos não são necessariamente inter-relacionados, talvez, o primeiro que escrevi lhe agradará mais do que o último. Novamente na tela esquerda tem os meses que aparecerão os já publicados.
Outra coisa, quando você tecer algum comentário, passará por mim e depois da aprovação será postado. Fique tranquilo, 95% dos comentários eu publico, só não o faço aqueles que comentam anonimamente sem se identificar, pois na CF 88 (usando os meus conhecimentos jurídicos) é vedado o anonimato.
C`est fini
domingo, 21 de março de 2010
A política como instrumento de ação
As pessoas que me conhecem, sabem que sempre tive um interesse especial para a política. “Endeusde” que eu era um mero garoto já o manifestava. E isso se deve porque sempre acreditei na importância e imprescindibilidade dela para a transformação social. Não restringirei à acepção desta palavra apenas no âmbito eleitoreiro, digo numa concepção mais ampla, e principalmente ao que concerne no ato de utilizar da boa-fé e da volúpia de articular ideias para um bem comum.
Este ano haverá eleições para presidente e demais cargos eletivos. Como é de praxe, não custa nada reiterar a importância do voto, este instrumento de suma importância para o fortalecimento da democracia, que foi conquistado com o sangue e sofrimento de milhares de militantes, que perderam suas vidas em prol da liberdade de escolha. Hoje, esta palavra (democracia) está muito desgastada, e o povo pouco valor a atribui, muitos vendem o seu direito de votar, alguns até compreendo, porque envolve todo um sistema social, se o sujeito não tem o que comer, ele vende até a mãe, quem dirá o voto.
É fato, a maioria dos brasileiros deixam para decidir o seu candidato, praticamente nos últimos dias ou horas antes das eleições, e por muitas vezes, demonstram interesses em coisas irrelevantes, como; a ponte que aquele prometeu construir, ou a creche que seria de bom alvitre, enfim, quase sempre são vontades particulares que se somam e criam um Prefeito, Governador, Presidente.
Infelizmente, nos últimos anos com os inúmeros escândalos de corrupção, a imagem dos políticos e da política ficaram extremamente corrompidas. O eleitor perdeu o interesse, e quando escuta essas palavras quase sempre as associam a coisas negativas. Este pensamento deve mudar, pois tudo isso é importante para o futuro de um país. Devemos ter um comprometimento e maior participação, em pleno século XXI, não há mais espaço para irresponsabilidade daqueles e principalmente a nossa. Como diz o slogan da propaganda: o poder de escolha está em nossas mãos.
Dessa arte, quando você dizer que detesta tudo que envolva política, estará fazendo nada mais do que uma manifestação desta. Mesmo os chamados apolíticos, que em minha opinião, são na maioria das vezes pessoas pessimistas que não vislumbram um futuro e estão nem aí, ou são preguiçosos que não se importam, e votam em qualquer um, colocando no poder coronéis e corruptos. Acredito que eles são o reflexo da consciência coletiva do eleitorado, eles são vocês, nós somos eles..
domingo, 14 de março de 2010
Edith Piaf-um hino ao amor

Há algum tempo que vi a este filme. No começo, relutei em assisti-lo, apesar de gostar das músicas e ter um conhecimento razoável da carreira desta artista. Sinceramente, o filme agradou-me muito, e achei merecidíssimo o Oscar 2008 de melhor atriz para Marion Cotillard, simplesmente foi brilhante a sua atuação.
A fotografia na maior parte do filme é escura, nebulosa, assim como a roupa que caracterizou e marcou Piaf no palco: o negro. Este se dividiu em dois tempos, o presente, acompanhando-a na infância, adolescência e fase adulta, e também, em flashes que nos remetia ao futuro. E por causa disso, às vezes, pode acontecer do espectador perder algumas partes chaves, comprometendo o entendimento. O não aprofundamento na segunda guerra mundial, época
Feito essas considerações, apenas a atuação de Cotillard já valeu. Ela conseguiu transmitir com muita competência a difícil trajetória de Piaf, uma vida recheada de tragédias e emoções que compunham um drama digno de uma francesa que viveu para a música. Edith era o produto do seu meio, mas muito mais do que isso, ela representava a alma francesa e o sentimento mais profundo de tristeza que caracterizava o seu tempo. No palco era sublime, tinha uma voz de pardal (Piaf), límpida, forte e bela. Tinha uma presença inconfundível, e letras que falavam de coisas de seu tempo, tristeza e mensagens universais que até hoje são vigentes.
Aproveito para pontuar algumas cenas positivas que demonstraram a competência do diretor Olivier Dahan. Em uma há um plano-seqüência excepcional em que a câmera, sem cortes, acompanha Piaf andando por um grande apartamento de Nova York, enquanto imagina estar tendo uma conversa com seu amado, o boxeador Marcel Cerdan (Jean-Pierre Martins). Quando o empresário e amigos lhe comunicam uma tragédia, Cotillard passa da alegria para a descrença e chega ao desespero, tudo em frente à câmera que, continuamente, vai registrando todas estas emoções. O plano termina em uma cena
Finalizando, a cena final é uma das mais belas,
Portanto, indico-o para aqueles que querem conhecer uma das maiores intérpretes da música mundial de todos os tempos, uma pessoa insubstituível, que apesar dos seus excessos, era única e para sempre será lembrada. O filme é emocionante, e comoverá a todos que percebem a inevitabilidade da morte e a necessidade incondicionada do amor. Assim, mesmo para aqueles que não a conhecem, indico, pois Edith Piaf estará para sempre incorporada no consciente coletivo da humanidade.
Trailler :http://www.youtube.com/watch?v=T-LzEPS7ji4